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31 de dezembro de 2011

Uma última impressão de 2011

Faltando poucas horas para o fim de 2011 eis que do canto mais inesperado desse mundo de Deus surge uma voz que certamente me tocou com muita força. O dono das poucas palavras era humilde, negro, falava com muita propriedade de seu pensamento e provavelmente sequer conhece o alfabeto. No auge de suas vestes simples, boné surrado e anos de experiência, ele deixou aquilo que creio ser uma mensagem de sabedoria. É ela que escolhi para finalizar o ano no blog, porque nela tem uma carga intensa de cristianismo. Mora na palavra humilde um pouco de ensinamento de Jesus. E isso é, sem dúvidas, maravilhoso.

"O grande problema hoje das pessoas é que todos dizem: 'eu posso, eu fiz, eu sei fazer'. Aí vem uma tempestade, uma chuva forte e todo mundo vê que não pode fazer é nada. Ninguém manda nesse mundo, ninguém tem poder de mandar em nada, o único que manda nesse mundo e Deus e seu filho Jesus Cristo! As coisas estão desse jeito é por culpa do homem".
Foram palavras simples. Não havia nelas nada de extraordinário talvez. Ele não usou expressões acadêmicas e nem se referiu aos velhos filósofos a que todos remontam. Mas esse homem não leu grandes livros, não frequentou universidades e talvez nem seja adepto da televisão. Ele falou como um homem que conhece. Que traz nas mãos os calos de trabalhar com a terra. Que respira a natureza e sabe que sua ira vem da ação desrespeitosa do homem para com ela.

Ele sabe que ninguém faz nada sozinho, que a união é o que move ou deveria mover o homem. Por fim, ainda fez uma profissão de fé. Acredita num Deus que talvez nunca o tenha concedido riquezas, luxo ou conhecimento. Mas um Deus que lhe deu sabedoria na vida sofrida, que ele soube reconhecer até agora na sua velhice, porque amou de fato as coisas simples na vida.
Não haveria melhor mensagem para o fim de 2011 e início de 2012. Foi esse homem que não conheço, nunca havia visto e talvez nunca mais verei que proclamou palavras que nenhum acadêmico conseguiria fazer com tanta profundidade.

Cada vez mais estou certo de que a beleza da vida está nas margens, onde se encontram tesouros quase invisíveis.

Que venha 2012...


Vinícius Borges Gomes

27 de dezembro de 2011

Nas trilhas do amor

É estranho como em fim de ano a força de palavras como amor, paz e família crescem em uso. Geralmente se fazem ausente em momentos fundamentais. Mas o natal é como um ritual obrigatório de ode aos bons costumes. É o dia reservado para garantir que haja um mínimo de respeito e o ano todo não seja perdido.

Vende-se amor. São corações, cartões, palavras belas, caros presentes. O capital vende a ideia de amor. Porém, durante o ano financia a desigualdade, a fome, a dor de muitas famílias e a cobiça. A fome de ganhar dinheiro derruba qualquer caminho de amor. Mas amor vende também, especialmente o falso amor... Sim! A vida é cheia de contradições.


O ano de 2011 terminou. O século XXI já completou mais de uma década. Há quem diga que 2012 será o fim do mundo. Outros anunciam desastres. A maioria sorri feliz banhada de champanhe. O que todos chamam de "ano novo" certamente se mostrará pouco diferente do que passou. Dificilmente não haverão tragédias de enchente. Certamente muitas mortes ocorrerão na violência cotidiana e muitos vão morrer de fome. O ano é novo, mas as ideias e práticas são velhas.


Tudo que se diz é muito clichê. Mas o clichê pode revolucionar a vida. O grande homem que há 2000 anos deu exemplo de amor consegue até hoje transformar o mundo com seu ensinamento. Dividiu a história, plantou ideias firmes de amor, solidariedade, companheirismo e vida. Traz consigo inúmeros discípulos que transformam suas realidades com exemplos do mais clichê e simples: o amor.

Que em 2012 todos possam trilhar as trilhas do amor. Perdoem, sorriam, respirem fundo. A vida é curta e tudo acaba em despedida. Ou então num "até logo" para além da cortina da morte. Morte que leva à vida nesse mundo de contradições...


Amém!Axé!Awerê!Aleluia!


Vinícius Borges Gomes

27 de junho de 2011

Abraço


Todo dia a rotina vem até nós sem pedir licença e nos acorrenta. Ficamos presos a hábitos, compromissos, obrigações e números. Como é de se odiar os números!
Olhar a hora a todo momento cansa tanto quanto calcular os preços das contas e o dinheiro da carteira. Somar, subtrair, dividir, equacionar códigos que ditam nossa vida a todo instante.
Seria ótimo um dia sem se preocupar com a hora, com o dinheiro, com os números, com as senhas, com os códigos, com os incontáveis algarismos que dizem quem somos. Somos reduzidos a números, infelizmente.
Nesse dia a dia louco em que sons poluem nossos desgastados ouvidos, nosso pulmão recebe doses violentas de carbono e assistimos a um vai e vem frenético de pessoas desconhecidas.
Nos envolvemos tanto no ritmo desse mundo cada dia mais louco que esquecemo-nos dentro de nós mesmos.
Mas é preciso resgatar esse ser perdido. Resgatá-lo onde o tortuoso caminho da burocracia impede o homem de chegar: o coração.
Como está difícil ouvir o coração. Sequer a razão ouvimos. Somos adestrados para agir segundo a correnteza.
Diante de tudo isso é que surge um elemento fundamental nesse jogo inigualável de brincar de ser gente: o abraço.
Como é bom abraçar. É impressionante como um bom abraço desafoga você de si mesmo e lhe traz conforto. É impressionante como a sutileza desse gesto desbrava muros impenetráveis.
Chamam de utopia, alienação, bobagem. Abraço para mim é outra coisa. Abraço para mim é gesto de humanidade. É demonstração de afeto num mundo de desafetos e razões. É teoria que não se explica, mas que responde.
Abraço aperta, abraço afaga, abraço esquenta. Abraço de quem amamos nos faz mais felizes, nos revigora.
Abraço é mais que contato físico. É também símbolo de carinho. É sentido figurado e sentido do tato.
Abraço é gesto que faz você perceber que tudo pode ser sem sentido até que alguém abra os braços em sua direção e, aí, a vida passa a valer a pena...
Abrace, seja mais feliz.

18 de abril de 2011

Eis o Homem!




Especial Semana Santa


Começa a Semana Santa. É hora de apresentar o rosto melancólico de um Jesus derrotado sob uma pesada cruz. Hora de lágrimas escorrerem ao se lembrarem do caráter doloroso das reflexões acerca da Paixão de Jesus.
Chegou o tempo de se chorar a morte de Cristo, explorar seu sofrimento e reconhecer que somos a causa de tudo isso. É hora também de queimar Judas, criticar os fariseus, se horrorizar com Pilatos. Afinal, toda história precisa de vilões.

É tempo de celebrar, sobretudo, a vida pela ressurreição. Pena que tanto ovo de Páscoa ofusque o sentido central de um mistério tão intenso.

Que nessa Semana comecemos nossa reflexão voltando nossos olhos para a realidade. Deixemos de lado a hipocrisia. Que aprendamos a carregar cruzes com coragem ao invés de assumirmos os chicotes da tortura que hoje se materializam em línguas más. Línguas que chicoteiam as costas do irmão com causas devastadoras.

Vamos deixar de ser Pilatos. Vamos parar se ser covardes e lavar as mãos diante de injustiças. Pilatos lavou suas mãos para não se responsabilizar pela morte de Jesus. Quantas vezes nós também não lavamos nossas mãos? Preferimos nos esquivar do debate e dizer que não gostamos de política, lavamos nossas mãos. E aí corruptos são eleitos, opressão aumenta e nossa democracia se desgasta. Somos torturados por um sistema cada vez mais cruel e, simplesmente, lavamos as mãos.

Vamos deixar de lavar as mãos pela dor do outro. Deixemos de lado a filosofia individualista. Não sejamos covardes de não olhar para a desigualdade, a pobreza e a fome!

Não lave suas mãos. Pois quanto mais se lava, mais sangue a suja.

Soframos com Cristo, mas ressuscitemos com ele. O caminho que se abre é o da esperança.

Que a imagem da cruz seja para nós sinal da vitória e não da derrota. A vida venceu e o Reino precisa acontecer.

Que esta seja uma Semana de transformação para além de uma memória, mas que seja de profunda vivência.


Jesus está conosco. Vivo.

5 de abril de 2011

A verdadeira cruz

Vinícius B. Gomes

Era noite. Uma procissão vestida de tradição da mais original desfilava em São João Del-Rei. A figura principal estava no alto, erguida por homens que carregam, literalmente nos ombros, a tradição familiar do preceito religioso. A intrigante imagem de Nosso Senhor dos Passos e sua cruz era conduzida para o encontro com outra imagem com aspecto doloroso semelhante: Nossa Senhora.
Estandartes, cruzes, turíbulos, velas e tochas. Tudo isso complementando a imagem pesada de uma tradição religiosa de solene rito. Entre cantos em latim e orquestras que emitiam sons melancólicos a imagem parava nos chamados "passinhos". Cada um desses parecido com uma pequena capela anexada a casas históricas.
A dor era o foco. Não havia espaço para rir. Havia espaço para rezar, cantar, organizar o cortejo ou documentar, como eu fazia.
Os olhares eram inevitavelmente voltados para as figuras de dor bem delineadas em imagens fortes. O olhar de dor de Jesus e sua mãe foram expressos em esculturas que remetem a um sofrimento sem igual.
Mas para quem quer basta olhar ao lado. Olhar para um outro possível que remete ao foco inicial e o questiona. Olhar pro lado pode fazer-nos olhar com consciência para frente. É preciso olhar tudo.
Eis que ao meu lado vejo uma pessoa intrigante: não vestia terno, nem túnica preta ou roxa, nem paramento clerical, tampouco uma roupa nova e bonita. Sim, ele era diferente de todos que seguiam aquela procissão.
Talvez fosse parecido só com a imagem. Usava um manto. Talvez o único que tivesse para se aquecer. Era pobre. Sua cruz era um cajado que segurava. Não saberia dizer se ela sofria. Mas dá para sofrer só de colocar-se em sua pele. Era ele o único diferente que mais se assemelhava aquela procissão.
Assim como Jesus ele era o rejeitado ali. Assim como Jesus ele carregava uma cruz: a de ser execrado da sociedade.
Ele não pediu esmolas, mas olhava com um olhar profundo aquilo que passava a frente dele. Se benzeu escorado na parede como se fosse espremido pelo cortejo.
Mal sabia ele que o homem representado naquela imagem veio para ele e por ele. Talvez ele não soubesse que era mais bem-aventurado que todos os outros que caminhavam ali. Mal sabia ele que a nobreza de seu cobertor era maior do que as luxuosas capas dos cléricos cheios de pompa.
Foi vendo o mendigo observador que vi que é preciso descer os olhos das imagens para nossa realidade. Afinal, é nela, nos olhos do irmão, que está Jesus sofrendo com as cruzes de nossos dias.
Que Deus nos ilumine e nos guie para enxergar para além de nossa limitada visão.
Nos faça menores e mais sensíveis do que maiores com falsas impressões.
Jesus já desceu do andor naquela rua.
Aliás, ele nunca subiu.

24 de dezembro de 2010

Ele é um rei


Ele é um rei. Mas não nasceu em berço de ouro. Foi colocado numa manjedoura, nascera num estábulo na pacata cidade de Belém da Judeia.
Ele é um rei. Mas não fora cercado com coroas, riquezas e súditos. Mas a corte celestial cantou a alegria de seu nascimento a pobres pastores de ovelhas.
Ele é um rei. Mas não um rei político. Ele era um rei de algo muito maior que não dá pra delimitar em mapas e fronteiras.
Ele é um rei. Mas um rei de subversão. Não uma subversão revoltosa, mas uma subversão de conceitos, paradigmas e principalmente do pecado.
Ele é um rei. Mas ele não foi aquecido pelo calor de um império. Fora aquecido pelos animais sujos de um estábulo simples.
Ele é um rei. Mas não o rei do poder absoluto. Ele dividiu seu poder com todos e, fazendo isso o aumentou ainda mais. Seu poder se chama amor.
Ele é um rei. Mas não o rei dos tronos suntuosos. Ele mesmo carregou seu trono e se pôs sobre ele. Chamam seu trono de cruz.
Ele é um rei. Mas não o rei das coroas ricas de pedras preciosas e dos mantos vermelhos. Ele se coroou com uma coroa de espinhos, um manto sujo e seu cedro era uma vara.
Ele é um rei. Mas não o rei das mesas fartas. Ele é o rei da pobreza, do faminto, do necessitado.

Ele é o rei que celebramos neste dia. Mas não o rei das ceias irônicas que se fazem e nem do falso espírito que muitos se vestem de paz e harmonia natalinas. Ele é o rei que está de onde nunca saiu: junto so sofrido, do marginalizado, do injustiçado, do pobre, do esquecido, do fiel...
Em meio a festa que se celebra por causa dele, ele mostra sua grandeza e se esconde mais uma vez de tanta falta de consciência e aparece nos corações de quem realmente entende o que é natal. E é por isso que amo cada dia mais esse rei.

Seu nome é Jesus. Jesus de Belém, de Nazaré, de Jerusalém...
O Jesus de todos nós.


Um Feliz e verdadeiro natal a todos.

12 de dezembro de 2010

Tempo de espera...


É curioso. O natal é uma festa que move muito dinheiro, muita propaganda, muito discurso e muita cultura sobre ele. Pena que mova tão pouco sentido de vivência.
Como cristãos estamos a espera daquele que é para nós o salvador: Jesus Cristo.
Porém o capitalismo espera que o Papai-Noel traga em seu saco muito dinheiro. Sim, porque nenhum presente é de graça, a não ser os baratos brinquedos distribuídos para crianças pobres que se iludem com uma criação macabra que promove o consumismo e enaltece as desigualdades sociais. Nem todo pai consegue suprir os pedidos a Papai-Noel, esse farsante que cobra pra presenteaar!
Esse Papai-Noel, que as crianças precisam saber que não existe, é uma figura folclórica perigosa. Chama a atenção para o mercado, para o consumo e o lucro e tapa a razão maior (ou que deveria ser) do natal: Jesus Cristo.
Pejoteiros, cristãos e militantes devem rasgar seus coraçõs hoje para receber Jesus como uma manjedoura viva. Vamos deixar a hipocrisia de lado e enterrar Papai-Noel com seu mundo fantasia e mostrar que o valor da vida não está na mesa farta com perus, pernis e comidas gostosas, mas no estábulo com os animais cheirando cocô ao lado do Salvador, ou ainda na mesa da eucaristia, na ceia de união com o Senhor.
O verdadeiro advento é esperar por aquilo que vale a pena. Enquanto quiserem acreditar em Papai-Noel mais devemos mostrar que quem está de saco cheio somos nós de tanta ilusão.
Que Jesus nos ilumine nos guie com a estrela do oriente.


* Um salve para os presépios, folias de reis e novenas de natal!

23 de novembro de 2010

Quem são eles?


Eles andam em tribos. São cheios de energia, exalam sorrisos, gritam, pulam, cantam, dançam, fumam e bebem muito. Pouco comem, a não ser que seja bons enlatados ou fast food.
Eles estão por toda parte. São pilares de marcas famosas. Eles as justificam. Vestem-se e consomem de acordo com o que a moda dita. Participam de um círculo que requer pressupostos para aceitação.
Eles vendem convites de festas, participam delas e as divulgam. Gostam de festas! Mas muitos, ou quase todos, não sabem aproveitar, talvez.
Eles usam máscaras. Sejam as de entorpecentes e bebidas ou as posturas diversas que assumem. É preciso máscaras, pois a realidade crua é perversa.
Eles são felizes e tristes. Felizes pela energia e tristes por não acharem o caminho. Não há caminho, existem momentos. E de momento em momento a vida se dilui como doses homeopáticas.
Tudo é líquido.
Eles são jovens. A maioria dos jovens o são assim. Precisam de ajuda.
Eles carecem de luz.

Qual a cara dessa juventude?
Do que ela precisa?

Relfitamos, pois estamos perdendo vidas que morrem em curso.

Sem mais.

31 de agosto de 2010

Entra na Roda


Havia num certo lugar um menino chamado Juventude.
Juventude era agitado, feliz, cheio de energia.
Juventude caminhava, caminhava e nunca sabia ao certo para onde ia.
Certo dia numa de suas intensas aventuras ele viu um grande círculo.
O círculo que juventude viu era composto por diversas pessoas e girava com certa leveza.
Juventude estranhou, achou aquilo bem sem sentido, mas ficou curioso.
Sem pensar duas vezes, Juventude cutucou um homem do círculo e perguntou por que estavam fazendo aquilo e qual a finalidade.
O homem olhou para Juventude e disse que estavam numa roda chamada “Roda da Vida” celebrando a união e contemplando as lutas pelas quais deviam lutar.
Juventude ficou mais encabulado ainda.
Fez outra pergunta: - que lutas são essas?
O homem que não parava de girar e, portanto, trazia Juventude junto de si deixando-o tonto disse que eram lutas por um Mundo melhor.
Juventude não entendia nada e dessa vez questionou a si mesmo se era possível um mundo melhor.
Mais curioso ainda e tonto de seguir o homem que não parava de girar, Juventude fez outra pergunta: - é possível construir um mundo melhor através de uma roda?
O homem dessa vez somente disse: - claro! Entre na roda com a gente!
Juventude estava curioso e entrou.
Viu rostos diversos, homens, mulheres, negros, índios, brancos, povos diversificados, roupas variadas.
Todos, embora diferentes, seguiam o mesmo ritmo, a mesma vontade que os levava até ali.
Juventude então olhou pro centro e teve uma grande surpresa: viu um bebê.
O bebê era magro, estava sujo, tremia de frio, podia-se dizer que estava à beira da morte.
Juventude se espantou e perguntou por que aquele menino estava daquele jeito e ninguém fazia nada.
Foi então que uma mulher disse a ele: - esse bebê se chama Mundo. Ele está bastante doente e precisa de ajuda. Estamos girando para aquecê-lo com nossa roda. Precisamos salvá-lo e temos de pensar em várias maneiras de fazer isso. Cada um terá uma responsabilidade para com o Mundo, ele terá de crescer forte, inteligente, saudável. Sozinho ninguém é capaz, por isso nos ajude também e faça o Mundo melhor, ele precisa de você.
Juventude se sensibilizou. Mundo precisava dele.
A partir daí, Juventude estava sempre na roda aquecendo o Mundo para que ele não padecesse de frio. A maioria sequer olhava para aquele bebê. Mas os membros da “Roda da Vida” sabiam a importância de seu giro incansável...
Mas Juventude começou a acreditar que era possível fazer de Mundo um bebê melhor e se comprometeu para aquela luta.
Juventude abraçou o mundo e começou a lutar por ele dentro da roda da vida de onde nunca mais saiu... A partir daí sua vida fez sentido.


* Texto feito para o Encontro "Entra na Roda" do Colégio Santo Agostinho de Belo Horizonte que eu tive o imenso prazer de participar e utilizar o escrito acima.

3 de agosto de 2010

Pedacinho do Reino de Deus




Eram seis da manhã. O sono tomava conta, mas eu precisava me levantar. Era dia de visitar o Movimento dos trabalhadores rurais sem terra do Brasil e eu, certamente, não perderia a visita.
Primeiro o café da manhã, depois a oração e a partilha de vida. Turma reunida e o ônibus chegando. Euforia, alegria, curiosidade, receios...
Viagem longa, mas tranquila.
Nas tortuosas estradas de terra ao longe avistamos uma espécie de grande torre e lá no alto um ponto vermelho. Era a bandeira do movimento, o assentamento "Roximin" estava próximo.
Ao chegar nada de tendas, barracas e aglomeração. Um grande barraco apenas, bastante velho, com algumas pessoas trabalhando.
A galera jovem pejoteira adentrou o recinto. A curiosidade era grande. Muita cana de açúcar se via.
Mais adiante ainda algumas máquinas exalando vapor onde se produzia rapadura e melado. A cana não estava ali a toa.
Pessoas começavam a aparecer. Os assentados se vestiam humildemente. Eram pessoas comuns, não portavam armas como se pensam por aí. Estavam com mãos calejadas, o trabalho era árduo.
Numa roda de conversa grandes surpresas apareciam. Os trabalhadores que ocupam e não invadem eram cultos. Sabiam de política, tinham consciência global e entendiam de legislação. Sabiam pelo que lutavam.
Mais de quarenta famílias na labuta diária partilhavam os dons da terra. Eram respeitosos. Plantavam, colhiam, partilhavam, produziam derivados. Solidariamente eram felizes, embora a estrutura os massacre nas palavras, nas leis e fortalecidas em um história de insjustiças.
Por que que lá fora não pode ser assim? Por que cada um não pode ter seu pedacinho de terra para plantar e comer? Por que que uns têm mais e outros não têm nada? Por que que ninguém partilha?
Depois os ruins são quem lutam pela igualdade...
A maior crise é a de valores.
Essas pessoas que conheci, dentre elas, crianças, lutarão sempre. Não sei quando a vitória chegará. Mas ela se constrói no dia a dia. São felizes porque colocaram sentido na vida.
A utopia sempre estará pulsando no coração de quem acredita.
Ali no assentamento "Roximin" perto de sei lá onde ela vive e faz de um pequeno lugar um pedaço do Reino de Deus, onde a libertação acontece na partilha, no respeito e na justiça.
Viva a rapadura!
Viva a cachaça!
Viva o MST!

* Em referência à visita ao assentamento do MST feita por parte dos jovens participanres do Curso de Inverno 2010

19 de julho de 2010

"Amigo é coisa para se guardar..."


Hoje é Dia do Amigo!
Feliz dia do amigo a todos!
Como é maravilhoso ter amigo, sorrir com ele, chorar com ele, sonhar com ele.
Amigo é coisa que completa, que complementa a existência. É um parente constituído pelas relações.
O bom amigo é aquele fiel, que nos honra.
E em meio a tantos amigos existem também os inimigos. Aqueles que não gostamos, que não compactuamos, que nossos "anjos não batem". Inimigo é o oposto de amigo, certo?
Talvez não.
Inimigo talvez seja o amigo que não conseguimos suportar, mas que é amigo pois desperta em nós algum sentimento, e o ódio pode ser amor...
O amigo nos conforta, o inimigo nos provoca, e sendo provocados vamos além...
Quem é que disse que inimigo não podem ser amigos?
Mas os amigos mesmo, esses são inquestionáveis, e, voltando a eles, gostaria de dizer que nunca deixemos de valorizá-los, pois amigo é a presença mais bela na vida de qualquer ser humano.
Aos meus amigos meus votos de felicidade, minhas orações, meus agradecimentos, sou muito mais com a presença de vocês que me ajudam a crescer e a ser mais feliz...

13 de julho de 2010

O Homem e a enxada


Vi certo dia um homem ao praticar seu trabalho. Não dava para perceber sua fisionomia, mas era um senhor talvez com seus quase sessenta anos. Usava uniforme e um chapéu de palha que o protegia do sol.
De longe comecei a reparar seus gestos. Ele estava num pequeno barranco de terra capinando o mato. Era muito mato e ele certamente não conseguiria acabar. Eu estava cansado, ele provavelmente também, e mesmo assim continuava.
Várias pessoas passaram e toda cumprimentaram-no. Ele certamente era conhecido e querido. Pouco depois largou seu instrumento e foi-se sem terminar de capinar tudo. Talvez ele terminasse no dia seguinte.
Mas o que uma cena tão comum mexeu tanto?
Um homem que labuta merece nosso olhar. O que me chamou a atenção ali naquele momento foram as circunstâncias: estava numa universidade onde doutores, mestres, professores e acadêmicos costumam ser as figuras principais e pequenos trabalhadores passam despercebidos.
Vi que a beleza daquele trabalho era enorme. O homem era querido, sabia ser educado e parecia feliz na sua simplicidade em meio a um ambiente em que o conhecimento é fundamental e ele talvez nem tivesse o ensino básico.
Fazendo essa comparação senti uma alegria percebendo que a beleza de um ser humano está naquilo que o faz humano: seu coração e seus sentimentos. Podemos ser donos de grandes técnicas e conhecimentos, mas será que a felicidade está aí?
Talvez a felicidade estivesse ali naquele senhor com sua enxada na mão terminando feliz mais um dia de trabalho e não na vida intensa de alunos, professores e acadêmicos buscando sempre respostas que talvez nunca conseguirão suprir todas as perguntas...
Eu aprendi naquele dia a olhar para as belezas da vida que são a simplicidade, o amor, a serenidade.
Aquele homem foi um pedacinho de Deus revelado a mim naquela tarde e eu fiquei feliz...

3 de julho de 2010

O Mundo e a Copa


A Copa do Mundo de Futebol 2010 está próxima de seu fim.
A participação da seleção brasileira, inclusive, já teve o seu.
Os hermanos também estão fora.
Tristeza para 28 nações que viram seus jogadores caírem. Apenas 4 continuam alimentando a esperança: Alemanha, Holanda, Uruguai e Espanha.
O futebol aparece quase como que um palco mítico com seres superiores disputando a soberania em um dos esportes mais populares do planeta.
Mas a aura mítica não traz semideuses ao campo, eles são humanos.
Tão humanos que mesmo o melhor do mundo pode sair dessa copa sem nem ter feito o principal: o gol.
Até os considerados deuses do futebol fracassam, afinal, são só humanos, embora muitos se esqueçam. Maradona também perde...
E nesse palco alimentado por uma eferversência da indústria cultural muito dinheiro rola, muitas cabeças também...
O efêmero é empolgante e em um mês vira história.
Tudo no final termina e só dali a quatro anos volta novamente a aura do espetáculo.
A união de nações, a diversão, a cultura, a alegria são os principais ganhos de um evento como esse.
Pena que traga tantos problemas.
É dinheiro investido em um espetáculo caríssimo pago por um país que tem um dos maiores indíces de AIDS do mundo e, consequentemente, uma das menores expectativas de vida. Um país pobre, com seus desafios: África do Sul.
Claro que a Copa traz benefícios, mas serão eles suficientes? Onde estarão os olhos que hoje se voltam para a África após a copa?
Será que lembrarão que nesta terra não só tem fome, AIDS, zebra, elefante e vuvuzela, mas também heróis, cultura, tradição, trabalhadores e, sobretudo, um povo feliz e carismático?
A África não pode ser esquecida.
Que o mundo que ama o futebol possa amar também o próximo e fazer de eventos tão grandes canais para ver que mais difícil que ver sua seleção campeã é ver a justiça social ganhar.
E aí todo mundo ficaria feliz...

SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS!

Que venha 2014, afinal também amo futebol...

17 de junho de 2010

Um certo Fernando que se chama Antônio



Era 15 de Agosto de 1191, ou 1195, mas o ano não interessa tanto. O fato é que nesse meio tempo nascia Fernando na cidade de Lisboa, hoje capital de Portugal.
Fernando era rico, tinha pais muito poderosos. Os bens que possuía não eram cultuados por ele, mas somente seus valores.
E esse Fernando cresceu, quis ser padre. E foi. Abandonou suas riquezas.
Fernando estudou direito canônico, filosofia e teologia num mosteiro agostiniano.
Um dia ao saber de cinco fransciscanos martirizados no Marrocos ao serem decapitados, Fernando decide abraçar a causa da evangelização e lançar-se na mesma ordem de que esses jovens eram e ir também para o país de seu martírio.
A Malária o encontrou na África e ele teve que voltar. Pregou muito, evangelizou muito, amou os pobres.
Com pouco mais de trinta anos faleceu em Pádua na Itália.
Certamente a história de Fernando é muito mais densa e rica. Mas diante de tudo isso uma coisa podemos ter certeza: sua heroicidade ao lançar-se por uma causa nobre e abandonar o supérfulo.
Fernando é muito conhecido por todo nós, ele é santo, doutor da igreja, um grande cristão que soube amar Jesus.
Fernando ou Fernando de Bulhões é conhecido como Antônio, Santo Antônio, esse homem que soube fazer de sua vida um sacrifício de amor.
E por ser um exemplo ele está aqui e também eternizado em muito corações.

SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS

12 de junho de 2010

Grande Mandela


Abro meus olhos, vejo um estádio de futebol lotado com instrumentos ensurdecedores, é uma torcida apaixonada!
Olho para o campo, jogadores com raça e determinação. É a seleção sul-africana jogando em sua casa a copa do mundo de futebol de 2010.
África do Sul, um país que me causa muitas lembranças. No seio de um time de muitos negros, mas de brancos também, me lembro do passado sangrento daquele país.
Um povo que foi divido pela cor de sua pele, pelo ódio de um histórico colonizador, pelas marcas da segregação.
Apartheid: sinônimo de violência. Palavra que prefiro não repetir, mas que, infelizmente, está cravada na história da África do Sul e da humanidade.
Aí meu coração palpita, as lágrimas vem intensas aos meus olhos, o orgulho irradia minha alma. Aquele país que um dia se dividiu, hoje une o mundo a partir de um grande evento.
Por trás dessa nação, que merece nosso respeito, nosso amor, nossa torcida, está um grande homem, alguém que se tornou imortal...
O homem que sofreu no mais íntimo do seu coração a dor da segregação e que como uma fênix, renasceu das cinzas e se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul.
O homem que não implantou a ditadura daqueles que tinham a pele parecida com a sua como forma de vingar as dores que passaram, mas que uniu o país, mostrando que todos eram iguais.
O homem que soube perdoar aqueles que o reprimiram com mais de vinte anos de carceiragem.
O homem que fez da África do Sul um país emergente, capaz de sonhar, que mesmo nas intensas dificuldades hoje mostra a seus vizinhos arrasados que o continente africano tem saída.
O homem que deu ao mundo o exemplo do que é a verdadeira paz.
O homem que perdeu sua bisneta e não concedeu ao mundo o prazer de vê-lo torcer por sua seleção de futebol.
Este homem que aprendi a reverenciar e que talvez nunca conheça pessoalmente, mas que gostaria intensamente: o grande Nelson Mandela, o leão da liberdade, um herói.

7 de junho de 2010

"Jovem, eu ordeno: levanta-te"(Lc. 7,14)


Animado pela frase retirada do evangelho de Lucas proponho-me a fazer uma breve análise da passagem em questão.
Primeiro, vamos nos atentar ao que a frase diz: "Jovem, eu ordeno: levanta-te". Tomemos a frase para nós. Consideremos que ela é dita a nós, jovens ou não.
Levantar, mas levantar de quê? Pensemos. Estamos sempre caminhando, porém, sempre existem forças exteriores e interiores também nos derrubando e, muitas vezes, nos estagnando. O que te derruba? Sua fraqueza? Seus vícios? Seus pecados? Suas dúvidas? Sua preguiça?
Levantar para quê? Para a vida. Jesus vai ao encontro de uma mulher viúva que havia perdido seu único filho e o revive. Ele chama para a vida o jovem, e devolve também a mulher a esperança.
Vale a pena levantar-se? Vale. Jesus no seio de uma vida sem sentido, que a filosofia se confunde, as ciências se atormentam, consegue em um ato singelo de amor, contrariando as leis da época, mostrar que vale a pena levantar-se, que a felicidade não consiste em uma vida sem quedas, mas em uma vida de construção. Mostra que a esperança constitui a vida e que ela permite ao homem descobrir no mais íntimo do seu ser que é preciso caminhar e levantar-se sempre.
A Juventude precisa levantar-se! Levantar-se contra projetos de vida que querem que pensemos ser ninguém. Não somos ninguém. Somos muito importantes, cada um com sua individualidade, ainda que em um mundo que muitos são excluídos. Mas para cada um e para Deus nossa importância tem significado.
Levantemos, continuemos, caminhemos. A vida é seguir, a vida é construir, a vida é descobrir. Deus nos chama e nós vamos além, transcedendo o senso comum quando o nada parece iminente. Mas é nesse nada que vem Jesus e nos mostra TUDO.
SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS!

2 de junho de 2010

A Distância


Uma pessoa me disse: "a pior coisa que existe é a distância".
Bom, muitos podem concordar, afinal, a saudade é intensa e ás vezes e nos causa sofrimento. Mas analisando a afirmação podemos tomar outros pontos de reflexão.
A distância ás vezes atrasa, gera saudade, impossibilita de se chegar a algo. São pontos negativos e sérios.
Porém, qual seria o ponto positivo, o valor existente na distância?
Ela nos possibilita caminhar para chegar. Tudo na vida requer caminhada, busca. Nada vem até nós, temos que agarrar, abraçar, correr atrás. Como diria a sábia frase: "ainda que algo esteja ao nosso alcance, algum esforço é necessário".
A distância que não é somente física, mas também moral, psicológica, intelectual e tantos outros permite ao ser humano cumprir algo essencial: o crescimento. Caminhar é crescer, e a distância é o que permite instigar o homem a ir além de seu limite, de seu lugar.
Sob este ponto a distância é essencial pois incrivelmente somente com a existência dela, que não é somente física, repito, podemos nos aproximar de algo.
Vamos refletir a distância, e mais que isso: vamos nos aproximar cada dia daquilo que é valioso para nós, esforçando para que a distância seja cada dia menor daquilo que buscamos como sonho ou utopia ou simplesmente desejo, mas que jamais deixemos de caminhar, afinal, é isso que embeleza e dá valor a vida.

SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS!

31 de maio de 2010

Os três jovens na esquina

FATO VERÍDICO

Estava eu Sábado, por volta de uma e meia da madrugada, caminhando para voltar a minha casa. De repente, em uma esquina um tanto escura debaixo de uma árvore, avistei três rapazes assentados no chão com pequenos sinais de luz que eram a ponta de seus cigarros.
Antes de continuar o fato, vamos refletir o que o senso comum (me incluindo) pensaria ao ver isso: três jovens fumando em um local escondido em horário muito avançado vira sinônimo de drogados e gera medo. Sim, medo! Todos ao vemos determinados jovens de comportamentos diferenciados ou pelas roupas que usam já os rotulamos como marginais. Virou uma espécie de estereótipo.
Tal pensamento tem fundamento: a violência e o uso de drogas é crescente, e o medo é natural. Porém, ISSO NÃO DEVE ACONTECER, porque rotular seres humanos é indigno. Não saberemos jamais quem é um ser humano pela roupa que ele veste, por exemplo.
E eu digo isso porque por vezes tive esse pensamento, errôneo é verdade, mas o tive, e talvez ainda tenha em alguns casos, como todos nós. Criei em minha mente um paradigma do que é um jovem marginal e inconscientemente o excluí de qualquer possibilidade de aproximação. Mas meu pensamento começou a mudar nesse sábado, no fato que comecei a contar e que retomo agora sua narração.
Ao ver os três rapazes meu pensamento foi de medo. Seus bonés de abas retas, capuzes, os cigarros, tudo ali remetia a jovens que estavam usando drogas e, portanto, eram perigosos.
Meu medo aumentou ainda mais quando um deles me perguntou o horário. Eu com certa calma o respondi. Ele agradeceu e em seguida disse meu nome. Eu me assustei e perguntei se ele me conhecia e que eu não conseguia o ver para reconhecê-lo. Ele não me disse quem era, somente disse que conhece todo mundo. Eu despedi dele de maneira bem mais tranquila e segui em frente.
Bom, ali todos meus paradigmas caíram. Uma pessoa que era perigosa para mim me passou uma gentileza grande nas suas palavras.
Ela era sim um usuário, o cigarro e sua voz não me deixa mentir, mas ele continuava um ser humano. E eu consegui percebê-lo como tal.
Ver pessoas assim e simplesmente desviar delas é algo natural. Mas quando percebemos que ela é como nós, tudo muda.
Posso não ser a favor do que ele e seus outros dois amigos estavam fazendo, e não o sou mesmo. Mas sou a favor de dialogar, conviver e amar a juventude. E é essa juventude que devemos abraçar. Uma juventude que caminha errado e é oprimida pelo pensamento social e pelos seus próprios vícios.
Talvez meu medo não acabe totalmente, mas hoje sei que muitos que usam drogas são boas pessoas. Aliás, até mesmo os criminosos, pois sei que por trás de qualquer delito que exista, habita um Deus que precisa ser reconhecido.
E acho que foi esse Deus mesmo que falou através daquele jovem e me perguntou as horas, para que eu refletisse, mudasse e viesse no blog contar para nunca mais esquecer...

SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS!

27 de maio de 2010

É difícil ser jovem...


Como é difícil ser jovem...
Difícil pois é um momento de decisões.
Decidir sempre é complicado.
Algumas posturas podem condenar-nos pelo resto da vida.
Qual o sentido da vida?
Uma pergunta frequente, mas como a própria vida, difícil também.
Alguns acham que a vida não tem sentido.
Outros colocam todo o sentido na questão materialista.
Seríamos pertencentes somente ao universo material?
Certamente não.
Pensamos, e isso vai além da compreensão física das coisas.
E ser jovem é difícil, não pelas mudanças físicas...
E sim pelas morais, emocionais, psicológicas...
Tudo é muito, e muito e tudo.
E esse tudo vai além.
Ah como é difícil ser jovem...
Mas para sê-lo temos que ter coragem!
Coragem de dar sentido a vida.
Ou então de "vivê-la" sem sentido algum.
Meu sentido já encontrei.
Jesus.
Você já encontrou o seu?
É preciso coragem para isso...

SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS!

9 de maio de 2010

Mãe...


Estive pensando: se Deus é pai, ele é também mãe. A Teologia até explica isso, mas como não sou teólogo, não tenho explicações acadêmicas e nem bíblicas, mas a própria experiência de espiritualidade nos mostra isso.
Deus nos abraça com seu amor sem precedentes e aí, além de pai, ele se torna mãe. Mãe porque nos gerou, nos consola, nos ama.
Deus é a compaixão da mãe no abraço do perdão.
Ele se manifesta em nossas próprias mães.
Mas e Maria?
Ela é mãe, porque é nela que se realiza a maternidade de Deus. É a figura, que como todas as mães nos transmite seu amor.
Deus é mãe por natureza.
E Maria nossa mãe de presente, nos dada do alto da cruz.
E o mistério é enorme, mas é aí que mora a beleza da fé.

SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS E FELIZ DIA DAS MÃES!!!