18 de janeiro de 2011

ENEM: Instrumento da juventude sob ameaça


O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi reformulado para atender a uma maior demanda de alunos que queiram entrar em instituições públicas de ensino. Obteve grandes avanços, mas foi altamente prejudicado em suas duas primeiras edições por erros graves tais como o vazamento da prova, erro no gabarito e até mesmo vazamento de dados de alunos. E mais recentemente os problemas no site so SISU (Sistema de Seleção Unificada), onde se fazem as inscrições para as insituições federais.
Tais problemas servem de armas para a elite dominante que não aceita um mecanismo que democratize o acesso ao ensino. O governo, por outro lado, desrespeita os jovens e mancha um programa que poderia ser um grande trunfo para os mais excluídos.
O ministro da educação Fernando Hadad tem sido bem firme, mas os erros comprometem seu trabalho. O Ministério da Educação tem sido alvo de duras críticas e, infelizmente, muitas delas coerentes.
Os jovens que passam por esse processo devem ter calma e saber avaliar a situação. Não podemos cair numa visão maniqueísta do que é do bem e do que é do mal, mas saber encarar o que é direito e o que é desrespeito. Por mais erros fatídicos que tenham ocorrido e que, devem ser corrigidos, não podemos repetir o discurso de quem é contra o ENEM integralmente.
Sim! Afinal o velho modelo de vestibulares só favorece às elites e aos alunos que tiveram excelentes oportunidades de cursarem escolas particulares de alto nível. O ENEM é um mecanismo que democratiza e, por isso, tem sim seu valor.
O que esperamos é que esse valor seja enaltecido e realmente utilizado. O MEC precisa aperfeiçoar esse projeto e se livrar dos maus profissionais e dos corruptos por trás de seus planos. No final o único beneficiado deve ser o jovem, o aluno, o honesto, o pobre. Porque se assim for quem ganha é o Brasil com mais educação, mais oportunidade, mais igualdade e muito, mas muito mais crescimento.