Selo comemorativo dos 40 anos da PJ |
De fato, foram muitos chamados. Chamados que nasciam do próprio coração. Chamados feitos pela história. Um chamado que se reafirmava desde quando um certo Galileu pisou no nosso chão: "vem e segue-me". Chamados que nunca deixaram de ecoar.
Meus passos pessoais na PJ também começaram num chamado. Precisou só um. Bastou me assentar num círculo com outros jovens conversando sobre esse tal Jesus de Nazaré para ver que ele era mais que o crucificado que um dia me assustara na infância. Ele era jovem também. E, talvez, menos sereno que pensei. Jesus tinha brio. Continuo conhecendo-o.
O tempo passa. Algumas coisas envelhecem. Há coisas que acabam. Eu vou acabar, grupos vão terminar, projetos não darão certo. Tudo que é pode não ser amanhã. Mas a palavra não passa, já diria Jesus.
Enquanto seu chamado continuar ecoando, não haverá quem cale a profecia. Enquanto houver lágrimas, sangue e tristeza, não faltará suor e gritos de justiça. Enquanto houver chão de missão para percorrer, ali haverão jovens sonhando e caminhando.
Onde houver trevas haverá gritos de luz para a construção de um outro mundo possível. Onde houver a cultura do silêncio, bandeiras serão levantadas.
Enquanto houver ausência de amor, ali haverá chamados de amor.
O chamado continua gritando no coração: a história precisa continuar sendo escrita.
Que venham mais 40 anos de caminhos, começos e recomeços. Que nunca morra em nós o sonho de acreditar no amor. Viva a PJ para sempre!
Vinícius Borges Gomes