O percurso da história
revelou faces de muitas mulheres consideradas ícones e exemplos de luta, força
e conquistas. Não é difícil listar a grandeza de Olga Benário, Anita Garibaldi,
Zilda Arns, Madre Teresa de Calcutá, Maria mãe de Jesus e tantas outras. É fato
também que o reconhecimento ao caminho de luta e resistência das mulheres fica,
por vezes, escondido em uma cultura machista e patriarcal.
Rememorar mulheres que se tornaram ícones é importante,
mas pode ser um exercício perigoso. O grande esforço que o século XXI pede é o
de valorizar a mulher em sua integridade. Desde aquela dona de casa que ainda
sofre as marcas da dominação até aquelas que lutam por um lugar digno no
mercado de emprego. Força-nos a lembrar das guerreiras que sofrem agressões e
se calam por amor aos filhos e a família. Faz-nos lembrar ainda daquelas que do
alto de sua importância lutam para mostrar que não existe sexo frágil e sim que
todos são iguais e podem exercer as mais diferentes funções.
Cartaz oficial do DNJ 2011 |
A mulher foi vítima de dominação em toda a história.
Diversas sociedades e culturas desenvolveram sistemas sociais patriarcais,
colocando a mulher em posição inferior ao homem. Ela quase nunca teve poder de
decisão, vide as recentes datas em que o voto feminino foi liberado. No caso do
Brasil essa dominação é muito bem delineada na obra do sociólogo Gilberto
Freyre, que analisa a postura sempre dominante do homem sobre a mulher e em
como ela irá desenvolver métodos de resistência e sobrevivência a essa
dominação. A violência sempre foi presente, seja a física, a emocional e a
sexual.
O movimento feminista nasce ainda no século XIX e tem um
grande auge na onda dos anos 60, mas ainda continua presente em muitas
militantes. Mais do que a busca de igualdade entre os sexos esse movimento traz
a legitimidade de um grupo que estuda e reconhece problemas graves na
constituição de nossa sociedade. Ser feminista ou não é uma questão de escolha,
mas a luta pela igualdade dos sexos precisa ser a luta de todos que buscam uma
sociedade mais avançada e cada vez mais desenvolvida.
Diferenças? Sim, elas existem. Estão para além da questão
física, mas elas se completam na estrutura social. Usar as diferenças entre
homens e mulheres para exercer uma dominação não é justificável, afinal nenhuma
característica pode ser considerada melhor ou pior, quando cada uma tem sua
importância. É chegada a hora da mulher ocupar ainda mais seu espaço de direito
após toda uma história de exclusão no segundo plano.
Em 2011 a Pastoral da Juventude abraça o protagonismo
feminino como bandeira do Dia Nacional da Juventude. Uma bandeira que não é das
mulheres, mas de todos. Cristandade se faz com igualdade, respeito, tolerância.
Somos seguidores do Cristo que elevou a adúltera na condição de ser humano diante
da rígida moral judaica. Somos seguidores do Cristo que se apresenta a
Madalena, a primeira a ver o Senhor ressuscitado. Somos seguidores de um Cristo
nascido no seio de uma cultura extremamente machista, mas que jamais subjugou a
mulher a uma condição inferior. Somos do Cristo que abraçou a todos.
A força feminina representada em símbolos |
Chega de piadas machistas, condições excludentes,
violência doméstica e violência psicológica. As mulheres buscam cada vez mais
seu lugar de direito na sociedade e é a hora de entender ainda mais isso. O caminho
é longo, mas a retórica pode ajudar. Vamos todos nos abraçar e cantar felizes a
força feminina que hoje se orgulha de ter uma presidente do alto da república
mostrando que sexo não é critério para nada. Viva a juventude! Viva as
mulheres! Viva Cristo!
E que venha o DNJ 2011 e um grito profético de igualdade
sexual.
Vinicius
ResponderExcluirQue bacana!
Voce nos lembrar a importancia da mulher na história.
com carinho MOnica