17 de junho de 2010
Um certo Fernando que se chama Antônio
Era 15 de Agosto de 1191, ou 1195, mas o ano não interessa tanto. O fato é que nesse meio tempo nascia Fernando na cidade de Lisboa, hoje capital de Portugal.
Fernando era rico, tinha pais muito poderosos. Os bens que possuía não eram cultuados por ele, mas somente seus valores.
E esse Fernando cresceu, quis ser padre. E foi. Abandonou suas riquezas.
Fernando estudou direito canônico, filosofia e teologia num mosteiro agostiniano.
Um dia ao saber de cinco fransciscanos martirizados no Marrocos ao serem decapitados, Fernando decide abraçar a causa da evangelização e lançar-se na mesma ordem de que esses jovens eram e ir também para o país de seu martírio.
A Malária o encontrou na África e ele teve que voltar. Pregou muito, evangelizou muito, amou os pobres.
Com pouco mais de trinta anos faleceu em Pádua na Itália.
Certamente a história de Fernando é muito mais densa e rica. Mas diante de tudo isso uma coisa podemos ter certeza: sua heroicidade ao lançar-se por uma causa nobre e abandonar o supérfulo.
Fernando é muito conhecido por todo nós, ele é santo, doutor da igreja, um grande cristão que soube amar Jesus.
Fernando ou Fernando de Bulhões é conhecido como Antônio, Santo Antônio, esse homem que soube fazer de sua vida um sacrifício de amor.
E por ser um exemplo ele está aqui e também eternizado em muito corações.
SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS
12 de junho de 2010
Grande Mandela
Abro meus olhos, vejo um estádio de futebol lotado com instrumentos ensurdecedores, é uma torcida apaixonada!
Olho para o campo, jogadores com raça e determinação. É a seleção sul-africana jogando em sua casa a copa do mundo de futebol de 2010.
África do Sul, um país que me causa muitas lembranças. No seio de um time de muitos negros, mas de brancos também, me lembro do passado sangrento daquele país.
Um povo que foi divido pela cor de sua pele, pelo ódio de um histórico colonizador, pelas marcas da segregação.
Apartheid: sinônimo de violência. Palavra que prefiro não repetir, mas que, infelizmente, está cravada na história da África do Sul e da humanidade.
Aí meu coração palpita, as lágrimas vem intensas aos meus olhos, o orgulho irradia minha alma. Aquele país que um dia se dividiu, hoje une o mundo a partir de um grande evento.
Por trás dessa nação, que merece nosso respeito, nosso amor, nossa torcida, está um grande homem, alguém que se tornou imortal...
O homem que sofreu no mais íntimo do seu coração a dor da segregação e que como uma fênix, renasceu das cinzas e se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul.
O homem que não implantou a ditadura daqueles que tinham a pele parecida com a sua como forma de vingar as dores que passaram, mas que uniu o país, mostrando que todos eram iguais.
O homem que soube perdoar aqueles que o reprimiram com mais de vinte anos de carceiragem.
O homem que fez da África do Sul um país emergente, capaz de sonhar, que mesmo nas intensas dificuldades hoje mostra a seus vizinhos arrasados que o continente africano tem saída.
O homem que deu ao mundo o exemplo do que é a verdadeira paz.
O homem que perdeu sua bisneta e não concedeu ao mundo o prazer de vê-lo torcer por sua seleção de futebol.
Este homem que aprendi a reverenciar e que talvez nunca conheça pessoalmente, mas que gostaria intensamente: o grande Nelson Mandela, o leão da liberdade, um herói.
7 de junho de 2010
"Jovem, eu ordeno: levanta-te"(Lc. 7,14)
Animado pela frase retirada do evangelho de Lucas proponho-me a fazer uma breve análise da passagem em questão.
Primeiro, vamos nos atentar ao que a frase diz: "Jovem, eu ordeno: levanta-te". Tomemos a frase para nós. Consideremos que ela é dita a nós, jovens ou não.
Levantar, mas levantar de quê? Pensemos. Estamos sempre caminhando, porém, sempre existem forças exteriores e interiores também nos derrubando e, muitas vezes, nos estagnando. O que te derruba? Sua fraqueza? Seus vícios? Seus pecados? Suas dúvidas? Sua preguiça?
Levantar para quê? Para a vida. Jesus vai ao encontro de uma mulher viúva que havia perdido seu único filho e o revive. Ele chama para a vida o jovem, e devolve também a mulher a esperança.
Vale a pena levantar-se? Vale. Jesus no seio de uma vida sem sentido, que a filosofia se confunde, as ciências se atormentam, consegue em um ato singelo de amor, contrariando as leis da época, mostrar que vale a pena levantar-se, que a felicidade não consiste em uma vida sem quedas, mas em uma vida de construção. Mostra que a esperança constitui a vida e que ela permite ao homem descobrir no mais íntimo do seu ser que é preciso caminhar e levantar-se sempre.
A Juventude precisa levantar-se! Levantar-se contra projetos de vida que querem que pensemos ser ninguém. Não somos ninguém. Somos muito importantes, cada um com sua individualidade, ainda que em um mundo que muitos são excluídos. Mas para cada um e para Deus nossa importância tem significado.
Levantemos, continuemos, caminhemos. A vida é seguir, a vida é construir, a vida é descobrir. Deus nos chama e nós vamos além, transcedendo o senso comum quando o nada parece iminente. Mas é nesse nada que vem Jesus e nos mostra TUDO.
SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS!
2 de junho de 2010
A Distância
Uma pessoa me disse: "a pior coisa que existe é a distância".
Bom, muitos podem concordar, afinal, a saudade é intensa e ás vezes e nos causa sofrimento. Mas analisando a afirmação podemos tomar outros pontos de reflexão.
A distância ás vezes atrasa, gera saudade, impossibilita de se chegar a algo. São pontos negativos e sérios.
Porém, qual seria o ponto positivo, o valor existente na distância?
Ela nos possibilita caminhar para chegar. Tudo na vida requer caminhada, busca. Nada vem até nós, temos que agarrar, abraçar, correr atrás. Como diria a sábia frase: "ainda que algo esteja ao nosso alcance, algum esforço é necessário".
A distância que não é somente física, mas também moral, psicológica, intelectual e tantos outros permite ao ser humano cumprir algo essencial: o crescimento. Caminhar é crescer, e a distância é o que permite instigar o homem a ir além de seu limite, de seu lugar.
Sob este ponto a distância é essencial pois incrivelmente somente com a existência dela, que não é somente física, repito, podemos nos aproximar de algo.
Vamos refletir a distância, e mais que isso: vamos nos aproximar cada dia daquilo que é valioso para nós, esforçando para que a distância seja cada dia menor daquilo que buscamos como sonho ou utopia ou simplesmente desejo, mas que jamais deixemos de caminhar, afinal, é isso que embeleza e dá valor a vida.
SAUDAÇÕES PEJOTEIRAS!
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