12 de junho de 2010

Grande Mandela


Abro meus olhos, vejo um estádio de futebol lotado com instrumentos ensurdecedores, é uma torcida apaixonada!
Olho para o campo, jogadores com raça e determinação. É a seleção sul-africana jogando em sua casa a copa do mundo de futebol de 2010.
África do Sul, um país que me causa muitas lembranças. No seio de um time de muitos negros, mas de brancos também, me lembro do passado sangrento daquele país.
Um povo que foi divido pela cor de sua pele, pelo ódio de um histórico colonizador, pelas marcas da segregação.
Apartheid: sinônimo de violência. Palavra que prefiro não repetir, mas que, infelizmente, está cravada na história da África do Sul e da humanidade.
Aí meu coração palpita, as lágrimas vem intensas aos meus olhos, o orgulho irradia minha alma. Aquele país que um dia se dividiu, hoje une o mundo a partir de um grande evento.
Por trás dessa nação, que merece nosso respeito, nosso amor, nossa torcida, está um grande homem, alguém que se tornou imortal...
O homem que sofreu no mais íntimo do seu coração a dor da segregação e que como uma fênix, renasceu das cinzas e se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul.
O homem que não implantou a ditadura daqueles que tinham a pele parecida com a sua como forma de vingar as dores que passaram, mas que uniu o país, mostrando que todos eram iguais.
O homem que soube perdoar aqueles que o reprimiram com mais de vinte anos de carceiragem.
O homem que fez da África do Sul um país emergente, capaz de sonhar, que mesmo nas intensas dificuldades hoje mostra a seus vizinhos arrasados que o continente africano tem saída.
O homem que deu ao mundo o exemplo do que é a verdadeira paz.
O homem que perdeu sua bisneta e não concedeu ao mundo o prazer de vê-lo torcer por sua seleção de futebol.
Este homem que aprendi a reverenciar e que talvez nunca conheça pessoalmente, mas que gostaria intensamente: o grande Nelson Mandela, o leão da liberdade, um herói.

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